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18.3.24

Santa Teresa - ES

Santa Teresa - A cidade italiana no Brasil

Santa Teresa é a primeira colônia fundada por imigrantes italianos no Brasil, a cidade é conhecida por sua história, gastronomia e beleza natural e nos transporta a uma viagem no interior da Itália, mas na serra capixaba.
Camping Natural
Santa Teresa é um município brasileiro na região serrana do Espírito Santo. Situado a 78 km da capital capixaba Vitória. 
É a sede do Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA) e reconhecida pelos governos federal como pioneira na imigração italiana no Brasil (com polêmicas). 
Chamada como a capital estadual da imigração italiana, com influência na gastronomia, arquitetura e música.
Seu centro histórico foi tombado em 2019, mas o processo foi paralisado em 2020.
A memória social predominante na cidade atribuiu o nome a uma imagem sacra de Teresa d'Ávila colocada pela devota Teresa Zonta em 15 de outubro de 1875, dia da santa, no oco de um pau-peba onde os fiéis se reuniam para rezar.
Quadro Santa Teresa D`Ávila

A explicação alternativa é uma homenagem das autoridades brasileiras à imperatriz Teresa Cristina.

Como chegar

Bem ao lado de Vitória, são 78 Km. 
Pegar a  BR 101 que sai de Vitória em direção norte do estado, segue por 50 Km até chegar no município de Fundão, pegar o trevo em direção à Santa Teresa. seguindo por mais 28 Km pela Rodovia Estadual 261.
Sem movimento, a viagem dura mais ou menos 1 hora. Pode fazer um bate e volta, mas com certeza pode querer ficar um pouco mais. 
Se chegar de avião em Vitória, alugar um carro é melhor para aproveitar muito mais a  viagem.

Turismo em Santa Teresa

O turismo é atividade econômica e importante fonte de empregos.
O município integra a Região dos Imigrantes com Santa Maria de Jetibá, Santa Leopoldina Itarana, Itaguaçu e São Roque.
 As "Três Santas" (Teresa, Maria e Leopoldina) são conhecidas por seus aspectos naturais (serranos) e humanos (o legado da imigração), podendo unir a ecologia, agroturismo e festividades num "turismo de montanha".

São atrativos o clima ameno, a Mata Atlântica preservada, o silêncio, a tradição cultural, incluindo a arquitetura e gastronomia, e a paisagem de montanhas e vales.
O acesso por Vitória é rápido, com quase duas horas de viagem.

O que tem em Santa Teresa?

O município tem atrativos naturais, como vales (Canaã, Tabocas), o Parque Natural Municipal de São Lourenço, a Reserva Biológica Augusto Ruschi e cachoeiras em áreas de lazer ou de mata (Santa Lúcia, São José, Caldeirão, Country Club); científicos, como o MBML; e culturais e arquitetônicos, como a Praça Augusto Ruschi, Casa Lambert, Residência Augusto Ruschi e Museu da Cultura e Imigração Italiana.
Residência de Augusto Ruschi

A Rua do Lazer é a atração principal, ou uma das principais.
Existem dois circuitos turísticos, o Caravaggio e o Colibri, com outros em organização em 2020.
O Circuito Caravaggio, localizado às margens da ES-261, entre o centro e as comunidades de Vargem Alta, Nova Valsugana e Serra dos Pregos, foi instalado em 2008. 
Oferece a Mata Atlântica, lagoas, cachoeiras (como a do Country Club), arquitetura, artesanato, vinho e comidas típicas. 

O que fazer em Santa Teresa?

Rua do Lazer

A Rua Coronel Bonfim Júnior, denominada turisticamente como Rua do Lazer, fica localizada no centro da cidade e caracteriza-se por um conjunto arquitetônico muito rico e que hoje abriga um importante centro gastronômico da cidade, aliando diversas opções gastronômicas, requinte, música, arte e cultura.

A Rua do Lazer é uma verdadeira viagem no tempo, e suas construções coloridas e charmosas, remete o visitante a uma viagem ao interior da Itália. 
Ao longo da Rua do Lazer, uma sucessão de bares, restaurantes e cafeterias oferecem desde deliciosas massas italianas até pratos tradicionais capixabas.

O Circuito Caravaggio


O circuito reúne belezas naturais, vinícolas e tradições italianas em Santa Teresa. 
Ao longo do percurso turístico de 14 km a natureza também faz a sua parte, forrando os entornos com nascentes, corredeiras e cachoeira da Mata Atlântica. 
Os aventureiros se arriscam ainda na rampa de voo livre, de onde partem parapentes e asa deltas rumo ao horizonte.
De sua rampa de voo livre, a mais de 900 m de altura, há uma vista panorâmica até Colatina.

O local é quase no final do Circuito Caravaggio,  com certeza faz lembrar o Monte Grappa na Itália. 
O horizonte parece sem fim. 
Para chegar tem que andar por alguns kms por uma estrada de terra. 
Mas com certeza você vai querer ir.
Também oferece uma envolvente jornada gastronômica e cultural ao longo do percurso. 
Rumo a rampa no final da estrada, localizada a 915 metros de altura, no alto do Vale, tem uma vista que encanta.

Além de toda a beleza natural do lugar, o turista ainda pode ao longo da estrada conhecer restaurantes, vinícolas e cervejarias, é uma experiência única.
O circuito propõe-se a oferecer o passado genuíno do local, mas passa por intensa transformação, oferecendo uma paisagem mais atrativa aos turistas e não a mais condizente com o passado. 
Suas terras são muito valorizadas e passam por intenso desenvolvimento imobiliário e desmatamento.

Vinícolas

O Circuito Caravaggio é conhecido também por abrigar vinícolas, que produzem vinhos que representam a tradição italiana. Entre elas, a Vinícola Rassele se destaca, oferecendo degustações de vinhos que capturam o terroir único da região.

Conheça também a Casa dos Espumantes, com o seu premiado champenoise, e agende a degustação harmonizada oferecida pela casa - e com um pouco de sorte, em alguns períodos ambas as vinícolas fazem visitação guiada às plantações de uvas.

Casa dos Espumantes

Cercada por montanhas e com 40% de Mata Atlântica á sua volta a Casa dos Espumantes é um lugar de parada e observar a natureza.
As belas quaresmeiras, essas arvores, com suas flores na cor roxeada que dão mais beleza e colorido a paisagem.

São chamadas assim por sempre estarem presentes no período da quaresma e possuírem a cor que representa o luto nesse período.
A casa foi fundada no ano de 2004 e foi a primeira vinícola a desenvolver o método Champenoise de Verificação do Espírito Santo. Portanto, saiba que você estará se deliciando com um espumante de qualidade e sabor. 

Em sua visita experimente um espumante que é pouco conhecido e original, exclusivo da região, com sabor de jabuticaba! Existem também os tradicionais que conhecemos e que atendem aos mais exigentes paladares.

Cantina Mattiello

A cantina está localizada a 2,5 km do centro de Santa Teresa, como quem vai em direção ao Circuito Caravaggio. A entrada é charmosa,  interior decorado em estilo italiano. 
Para acompanhar um bom vinho eles vendem umas coisas para acompanhar, e um delicioso capuccino cremoso.

A produção é vinhos artesanais de uva e jabuticaba.
A cantina oferece tour de visitação na fábrica para grupos, na época da colheita oferecem também um tour pelos parreirais.

Casa Lambert

Construída em 1875, pelos irmãos imigrantes italianos Antônio e Virgílio Lambert, foi uma das primeiras construções do Município. 
É tombada como Patrimônio Histórico Estadual desde 1985. Atualmente, funciona como Casa de Memória, contando a história da Família Lambert e da imigração italiana no Município.

Construção em estuque, também conhecido como tabique, taipa ou pau-a-pique. Em frente à residência foi edificada a Capela de Nossa Senhora da Conceição, em 1899, que abriga em seu interior uma imagem da santa esculpida em madeira por Antônio Lambert. 

Capela de Nossa Senhora do Caravaggio

Localizada no Circuito Caravaggio, é uma capela singela do ano de 1912, construída por imigrantes italianos, os quais foram homenageados por placa afixada na proximidade da entrada da mesma.

Praça Augusto Ruschi

Localizada na parte central da cidade, foi construída no ano de 1936 e segue o traçado dos jardins europeus. Um lindo espaço, é conhecida pelos teresenses como “jardim”. 
Possui um coreto, chafariz, busto em homenagem a Augusto Ruschi e monumento em homenagem aos ex-combatentes teresenses da 2ª Guerra Mundial.

É um lugar bem agradável para caminhar e vale a pena conhecer e tirar algumas fotos.

Igreja Matriz

A primeira capela construída no local data do ano de 1898 e que no ano de 1906 deu lugar a construção atual. 
Seus sinos foram doados por Dom Pedro II. 
No pátio lateral encontra-se o monumento em homenagem ao 1º Cinquentenário da fundação do Município, com o nome dos primeiros imigrantes.

Áreas de conservação

Seus fragmentos remanescentes cobriam 32,1% do município em 2012/2013, com diversas áreas de conservação, além de atividades de ensino e pesquisa no Museu de Biologia Professor Mello Leitão, fundado pelo cientista e conservacionista teresense Augusto Ruschi, e a Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi. Os colibris são símbolo local.
Museu Mello Leitão

O município surgiu da colonização por italianos, poloneses, alemães, suíços e outros imigrantes europeus do Núcleo do Timbuí na década de 1870. 
Os italianos, principalmente do Trentino, Lombardia e Vêneto, predominavam e determinaram a atual cultura, com uma identidade que enfatiza o passado da colonização e exalta os pioneiros. 
A cidade emergiu do zero em meio à floresta, com uma sociedade de pequenos agricultores.

Controvérsia

Os camponeses do Norte da Itália tinham sua vida social e econômica ameaçadas; mas já havia uma cultura migratória, e agenciadores faziam propaganda e intermediavam a emigração. 
O Novo Mundo era onde podiam enriquecer e manter a unidade familiar.
Foi fundado o Patrimônio dos Polacos, atual Santo Antônio do Canaã. 
Apesar do pioneirismo na ocupação do Timbuí, eles são menos conhecidos que os italianos.
Santo Antônio do Canaã

Os primeiros imigrantes oficialmente destinados ao núcleo Timbuí vieram no navio Rivadavia. 
O sorteio de lotes em 26 de junho de 1875, na sede do município, é a data oficial da fundação do núcleo e de Santa Teresa
Em 2018, o Governo Federal institui o dia 26 de junho como data do reconhecimento município de Santa Teresa como pioneiro da Imigração Italiana no Brasil.
A promulgação desconsiderou a fundação em 1836, da Colônia Nova Itália, atualmente no município de São João Batista,em Santa Catarina. 
A celebração dos 180 anos da chegada dos primeiros imigrantes italianos, realizada em 2016, contou com o envolvimento dos descendentes da família imperial do Brasil, especialmente do Príncipe Imperial Dom Bertrand de Orleans e Bragança, uma vez que a Imperatriz Dona Teresa Cristina, esposa do Imperador Dom Pedro II, era uma Princesa do Reino italiano das Duas Sicílias, e sua vinda para o Brasil serviu de incentivo para os imigrantes pioneiros. 
Teresa Cristina patrocinou estudos arqueológicos na Itália e ajudou à Imigração italiana no Brasil.
Camping Natural
Para o sociólogo italiano Renzo Grosseli, os imigrantes de Nova Itália foram o primeiro grupo organizado e em grande número de italianos a desembarcar no Brasil, mas Santa Teresa foi o início da "Grande Imigração" italiana, que só ocorreu em massa de 1874 em diante.

★★ Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi

Também conhecida pela sigla EBMAR, é uma reserva natural fundada pelo naturalista Augusto Ruschi em 14 de fevereiro de 1970, localizada no município de Aracruz, no interior do estado do Espírito Santo.

A Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi nasceu no ano de 1970, na cidade de Aracruz, sendo fundada pelo naturalista Augusto Ruschi - importante pesquisador brasileiro - como um braço do Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML), localizado em Santa Teresa, também fundado por Ruschi.
No ano de 1983, a estação tornou-se parte do Patrimônio Histórico Federal tornando-se um órgão independente do MBML.

No ano de 1988, ocorreu sua formalização do espaço como empresa, com a criação e implantação do projeto de educação ambiental Projeto Arca de Noé, realizando parcerias nos municípios da Grande Vitória (ES) e trazendo os estudantes de escolas públicas e particulares buscando coordenar visitas guiadas.

Fauna e flora

A classificação fitoecológica do município é a floresta ombrófila densa,[118] mas em São João de Petrópolis o clima mais seco condiciona uma floresta estacional semidecidual, que perde as folhas no inverno.[112] A fauna é derivada de dois centros de endemismo genético e quatro regiões diferentes, a Hileia Baiana, planície costeira, Serra da Mantiqueira e florestas semidecíduas e cerrados nos altos cursos do rio Doce.
Camping Natural
A área é uma das mais estudadas da Mata Atlântica.
A cidade sedia o Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA), fundado em 2014 e responsável pelo Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML), existente desde 1949, e as estações biológicas de Santa Lúcia e São Lourenço.
A de Santa Lúcia é visitada por cientistas do mundo inteiro.
Trilha na mata INMA

O INMA trabalha com a pesquisa e educação relativa a todo o bioma, do qual o MBML é referência no Espírito Santo.
Seu parque zoobotânico recebe até 80 mil visitantes por ano.
O município é polo na pesquisa da mastofauna.
O teresense Augusto Ruschi (1915-1986), fundador do MBML, é reconhecido na cidade e no país pelo seu trabalho como cientista e conservacionista. Grande parte de sua carreira foi na terra nata.
Interior do MBML

40% das espécies de mamíferos (exceto morcegos) da Mata Atlântica são encontradas no município.
Há maior riqueza de borboletas e mariposas do que em Itatiaia, Rio de Janeiro.
As matas de encosta abrigam a maior riqueza de anfíbios da Mata Atlântica.
Como em outras localidades serranas, os córregos abrigam espécies isoladas de peixes.
Beija-flores - Símbolo do Estado
Das 40 espécies de beija-flores do Espírito Santo, 27 já foram registradas no município. 
Augusto Ruschi deu muita divulgação às aves, que se tornaram simbólicas no Estado. 
A ave foi também instituída como símbolo do município em 2013.

Arquitetura

O traçado urbano e a arquitetura das casas mais antigas são semelhantes aos da Itália, ainda que com materiais e métodos diferentes. 
O centro tem a igreja em posição de destaque e ruas estreitas com casarões de dois andares próximos uns dos outros.
Arquitetura no início do Circuito Caravaggio

Por coincidência, a cidade encaixada entre as montanhas é semelhante a algumas comunidades de montanha na Itália. Os casarios antigos, tanto na cidade quanto no campo, são marcas identitárias.
 A igreja matriz, em estilo neogótico, tem relevância histórica.


Comida tipica

O município é a capital estadual da gastronomia italiana, com um parque gastronômico completo, concentrado na Rua do Lazer, onde há restaurantes gourmet.


As agroindústrias vendem panificados, licores e fermentados de frutas, queijos, geleias, doces e vinhos. Os biscoitos são notáveis. Come-se de tudo, como agnoline e spagguetti, mas na Festa do Imigrante Italiano destacam-se polenta e vinho.
Polenta cremosa italiana

A polenta era desde o Trentino um substituto ao pão, ainda mais necessário no Novo Mundo, onde a princípio a farinha de trigo estava fora do alcance. 
As videiras, tradicionais da cultura dos imigrantes, vieram na sua bagagem. 
Os que não tinham a uva recorriam ao fermentado de jabuticaba, até hoje consumido.
 A uva é símbolo do município, e alguns turistas visitam os vinhedos durante a vindima.


Eventos

Anualmente as ruas são decoradas com a bandeira da Itália para a Festa do Imigrante Italiano, uma expressão da identidade étnica, mas os participantes não são apenas os descendentes de italianos.

Seu ápice é a "Carretela del Vin", desfile carnavalesco com uma "narrativa alegórica da conquista e manutenção da ordem atual", acompanhado (no passado) da distribuição de vinho.
A Carretela já chegou a atrair 20 ou 50 mil visitantes. Desde 2016, organizadores descrevem o evento como tendo sido descaracterizado ao longo dos anos.

Campings


Camping da Reserva - Área de camping - Endereço: Reserva Augusto Ruschi Alto - Santa Teresa - ES. Ambiente familiar, banheiros água quente, para quem busca descanso.
Recanto Nossa Senhora - Área de camping - Endereço: Santa Teresa - ES. Toda infra-estrutura, ideal quem acampa com animal estimação..




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